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A musica é escutada e esquecidaA paisagem é vista e esquecidaA viajem é aventurada e esquecidaSó as pessoas ficamcomo cartas embaralhadas...
Percebo luzes
que sobrevivem ao zunido estrépito da metrópole.
Me pergunto
sobre as vidas singelas ou depravadas me rodeiam neste momento.
E me vejo dentro de todos esses dígitos e fôlegos vitalícios.
E só você me arde em vénias,
como gota de nitidez
neste habitat que de forma insolente insiste em desertar da simetria natural.
Seu olhar, seca minha mente
de maneira que esta estiagem descompassa minha solidez ostentante
me flagrando em motins de pensamentos.
Gostaria de viola-la e toma-la de forma simples e real
Sendo absorvido pelo manto de hipóteses que abraçanos
e desforra minha ciência.
Mas, é mais fácil ter a corpulência para enfrentar essa cidade
do que possuir a audácia de afagar-me e afogar-me em seu olhar.
Pomares de momentos entusiasmadosraízes acalentadas entre a afeição e o desgostoUm tronco tutelado e escravizanterevestido pelo orvalho libertárioEsse é o sustentáculo da razãoessa é a verdade da piadaa sombra bendita do consoloa fonte de uma tortura aconchegante